sábado, 26 de março de 2011

Camões pelo Mundo

Mapa mundo com marcação dos locais por onde passou Camões

Poema Canção de Luís de Camões


Vão as serenas águas
"Vão as serenas águas
do Mondego descendo
mansamente, que até o mar não param;
por onde minhas mágoas
pouco a pouco crecendo,
para nunca acabar se começaram.
Ali se ajuntaram neste lugar ameno,
aonde agora mouro, testa de nove e ouro,
riso brando, suave, olhar sereno,
um gesto delicado,
que sempre n'alma m'estará pintado.
Nesta florida terra,
leda, fresca e serena,
ledo e contente para mim vivia,
em paz com minha guerra,
contente com a pena
que de tão belos olhos procedia.
Um dia noutro dia
o esperar m'enganava;
longo tempo passei,
co a vida folguei, só
porque em bem tamanho me empregava.
Mas que me presta já,
que tão fermosos olhos não os há?
Ó quem me ali dissera
que de amor tão profundo
o fim pudesse ver ind'algüa hora!
Ó quem cuidar pudera
que houvesse aí no mundo
apartar-m'eu de vós, minha Senhora,
para que desde agora
perdesse a esperança,
e o vão pensamento,
desfeito em um momento,
sem me poder ficar mais que a lembrança,
que sempre estará firme
até o derradeiro despedir-me.
Mas a mor alegria
que daqui levar posso,
com a qual defender-me triste espero,
é que nunca sentia
no tempo que fui vosso
quererdes-me vós quanto vos eu quero;
porque o tormento fero
de vosso apartamento
não vos dará tal pena
como a que me condena:
que mais sentirei vosso sentimento,
que o que minh'alma sente.
Moura eu, Senhora, e vós ficai contente!
Canção, tu estarás
aqui acompanhando
estes campos e estas claras águas,
e por mim ficarás chorando
e suspirando,
e ao mundo mostrando tantas mágoas,
que de tão larga história
minhas lágrimas fiquem por memória."

A minha opinião

            Na minha opinião, Luís Vaz de Camões teve um valor especial na história de Portugal, pois foi graças a ele que muita gente ficou a conhecer o povo português. Todos achavam os portugueses um povo cheio de glória, muitos os viam como heróis, que tinham conseguido grandes proezas, que nunca ninguém tinha feito. Assim, Camões sentiu-se orgulhoso e decidiu escrever “Os Lusíadas”, para glorificar o seu povo. 
            Além disso, era uma pessoa divertida, gostava de uma bela noitada com os amigos e até participava em verdadeiras festanças populares... Era um charmoso e as donzelas da corte ficavam maravilhadas com os textos que ele escrevia. Era um homem muito culto e, claro, era na sua poesia que transmitia tudo o que sentia. 
           Admiro a sua paciência para escrever todas as suas grandes obras, visto que dantes os textos eram todos escritos à mão e os mais longos e trabalhosos demoravam muito tempo a serem escritos.
           Camões, também foi um homem muito corajoso, pois quando o seu barco naufragou, este não teve medo, e com uma mão, pegou no seu texto e com a outra nadou, nadou, nadou... e só descansou quando viu que tinha chegado a uma praia e que o seu poema estava a salvo. 
           Luís de Camões era um homem cheio de qualidades, e que passou por imensas dificuldades, mas nunca desistiu dos seus objectivos.

sábado, 12 de março de 2011

Música - "Portugal no século XVI"



Letra
Espalham-se as notícias que grande alvoroço:
Já podemos ir à Índia por mar!
O Brasil que espreita mais a ocidente…
Venha o novo século! Já pode chegar!

Refrão:
4 continentes ligados por mar,
Riquezas sem fim para os nossos reis:
Especiarias, loiças, seda, ouro, marfim…
Tudo isto é verdade no século XVI!

Zarpam as armadas com vários destinos:
Índia, Arábia, Pérsia, Etiópia, Ceilão,
Malaca, Molucas, África, Timor,
China, Cochinchina, Maldivas, Japão!

Refrão

No meio de tanta aventura perigosa,
Figura de proa é difícil escolher…
Cabral? Albuquerque? Camões? Pedro Nunes?
Fernão Mendes Pinto? S. Francisco Xavier?

Refrão

A lista é enorme e é quase infinita,
Fala de visão, liderança e coragem…
Mas deve incluir Fernão de Magalhães:
Deu a volta ao mundo numa só viagem!

Refrão

Fomos “(…) Por mares nunca dantes navegados (…)”,
Como diz Camões e com toda a razão!
Espalhados pelo mundo já há 5 séculos,
Fomos pioneiros da globalização!

Refrão

Vídeo - Luís de Camões